Perdões
Minas Gerais - MG Histórico Romão Fagundes do Amaral, segundo se sabe, foi um
dos desbravadores das terras que atualmente constituem o município de Perdões.
Em fins do século XVIII, instalou-se nas margens do rio Grande e fundou um
garimpo, núcleo inicial da cidade de Perdões, atual sede do município. Sabe-se
ainda que Rubens Airão foi outro desbravador que paralelamente às atividades de
Romão Fagundes desenvolveu a agricultura e a pecuária. O povoado desencolveu-se
assim sob a influência dêsses dois grandes proprietários, senhores de inúmeros
escravos e posseiros de grandes áreas de terras. Diz-se que Romão Fagundes do
Amaral, que era um fugitivo da justiça, para obter perdão de D.Maria I,
ofereceu-lhe um cacho de bananas, todo em ouro maciço, vindo desse fato o
tradicional nome de perdões que até hoje o município conserva. O distrito foi
criado em 1855, pela Lei provincial nº 714, confirmada pela Lei estadual nº 2,
de 1891. Posteriormente, em 1912, Perdões foi elevada à categoria de vila,
sendo que pela Lei estadual nº 843, tomou foros de cidade. O município é termo
judiciário da comarca de Lavras. Gentílico: perdoense Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Perdões, pela lei provincial nº 714, de
18-05-1855, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de
Lavras. Elevado à categoria de vila com a denominação de Perdões, pela lei
estadual nº 556, de 30-08- 1911, desmembrado de Lavras. Sede na antiga povoação
de Perdões. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-06-1912. Em divisão
administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída do distrito sede.
Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.
Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, a vila de Perdões adquiriu do
município de Campo Belo o distrito de Cana Verde (ex-Senhor Bom Jesus da Cana
Verde). Elevado á condição de cidade com a denominação Perdões, pela lei
estadual nº 893, de 10-09- 1925. Em divisão administrativa referente ao ano de
1933, o município é constituído de 2 distritos: Perdões e Cana Verde. Assim
permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela lei estadual nº
2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Perdões o distrito de Cana
Verde. Elevado á categoria de município Em divisão territorial datada de
31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede Assim permanecendo em
divisão territorial datada de 2007. Fonte: Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros – Volume XXVI ano 1959.
Quem és tu
Perdões ?
Não da
vontade de saber e nem te perdoar
Um amor malfeito
e com concequência de ir embora
Para sua
segurança, inventar histórias maravilhosas . . .
O fácil
acesso nunca nos levou ! nunca ao progresso.
Mas sua
bondade sempre perdoa os processos
O
verdadeiro perdoense sabe perdoar e pedir perdão ?
Não somos uma
só imagem de uma praça e uma igreja igual os outros municípios
Mas
honramos nossas raízes religiosas do brasil
Aqui tudo
mudou, cresceu diante dos olhos de quem estava dormindo . . .
Alguns
continuam dormindo . . .
Cresça para
que eu desapareça não
Cresça para
melhor Perdões
Cidade dos
Músicos
Cidade
Cultural
Cidade da
Amizade
Feliz Seja
seu Aniversário Perdões
Nós te
amamos e o problema somos nós
107 anos
Texto : Autor Conhecido rsrs
A história
O povoado de Minas Gerais tem seu início com os colonizadores portugueses que, levando armas, ferramentas, utensílios e bem providos de mantimentos, penetravam por matas fechadas, abrindo caminhos orientados pelas serras e rios que serviam-lhes de roteiros. À medida que os portugueses foram tomando conhecimento das riquezas existentes no território da atual Minas Gerais, numerosos aventureiros começaram a chegar à procura do ouro, promovendo o desbravamento da região, ocupando lugares distantes da costa brasileira, surgindo, assim, as primeiras povoações. Em nossa localidade não se pode determinar exatamente o início da povoação. O primeiro documento histórico do município de Perdões, de que se tem conhecimento, data de 1770 e registra a existência do português Romão Fagundes do Amaral, como fato determinado. Uma carta de Sesmaria, concedida a ele, encontra-se no Arquivo Público Mineiro, livro cento e setenta e dois, página sessenta e nove e data de vinte e seis de novembro do ano de 1770. Nesse documento, pode-se constatar que Romão Fagundes era morador da Serra de Ibituruna, Termo da Villa de São José, Comarca do Rio das Mortes e através dele requeria que lhe concedessem terras na serra chamada de Senhor Bom Jesus, onde teve início o povoado de Perdões, justificando ter escravos e não ter em que ocupá-los. A ocupação, a que se referia Romão Fagundes, era a procura constante do ouro. A aprovação do pedido de concessão das terras foi firmada por Dom José Luiz de Menezes Abranches Castelo Branco e Noronha, Conde de Valladares, então Governador e Capitão General da Capitania de Minas Gerais. O processo de demarcação de sesmaria, requerido em 1772, encontra-se no Arquivo Regional de São João Del Rei Pró-Memória. O povoado denominado Retiro dos Pimenta tem sua história diretamente ligada ao arraial do Senhor Bom Jesus dos Perdões, constando, em relatos, a presença de Romão Fagundes nessa localidade, trabalhando a extração do ouro. A tradição local refere-se ao cacho de bananas de ouro, confeccionado por Romão Fagundes e enviado à Corte Portuguesa que se achava, então, no Rio de Janeiro, como oferenda a El Rei D. João VI. Há relatos de que o cacho de bananas fora enviado a D. Maria I e que, talvez, por sonegação de impostos, ele tenha usado desse artifício para pedir clemência, tendo sido perdoado, dando origem ao nome Perdões.
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