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terça-feira, 8 de outubro de 2019


Rua das Flores 


Na rua das flores
um castelinho encantado se levanta,
das barrancas gotejantes,
por entre campânulas azuis,
montão de maravilhas
e trepadeiras enroscadas
aos arbustos viçosos.

De sua janelinha
ecoam 0S mais diferentes sons,
que se misturam
ao zumbido dos besouros,
das abelhas e das crianças"
que vivem mais
na rua das flores,
do que em suas próprias casas

Também pudera!

Nas escadas de pedra
do castelinho
os anões da Branca de Neve
brincam de pega - pega .. . 
e o Pequeno Polegar corre
ao encalço do gigante fujão.

Para a gente grande,
o castelinho não é mais
do que um sobradinho,
o casarão antigo
de dona Chiquita,
a professora de todo mundo
Para a criançada,
o casarão é um castelo,
um reino de fadas.

A tarde, depois das aulas,
o castelinho se enche de crianças,
que ensaiam os famosos'
Teatrinhos de Perdões.

Pouco a pouco,
meninos e meninas desaparecem,
fugindo de si mesmos,
cedendo lugar às fadas,
reis, rainhas,
príncipes, princesas,
anões, bruxas e magos.
e Rapunzel das tranças de ouro!
Quem passa pela rua das flores
à tardinha, ouvirá por certo
a voz do Pequeno Polegar:
"Vamos passear nos bosques,
ou a da Branca de Neve .
a cantar, tra -- lá - lá "

E quem sabe,
até mesmo os miados
do Gato de Botas:
"Estes trigais _
pertencem ao marquês, de Carabás.

Ao deixar o castelínho
retomando a realidade,
a meninada patina alegremente,
sem nunca -ter ouvido falar em patins.

É que a rua das flores
é uma pista natural,
toda feita de pedra sabão.

Patinando despreocupadas,
as crianças se ligam,
mais aos tombos e trombadas,
do que ao equilíbrio
nas pedras largas e lisas.

o castelinho é povoado
de fadas, dríades
e as grimpas de suas árvores
são esconderijos
de bruxos e gênios.

Na rua das flores,
ponto de encontro
da infância de Perdões,
os velhos sofrem.:
porque as pedras de sabão
ameaçam quem começa a pensar,
onde e como andar.

Andar é bom mesmo
quando se anda sem pensar,
seja ao sabor da lama,
da enxurrada ou da lisura
das pedras de sabão.

Na pista natural
da rua das flores
o perfume agreste se mistura
ao cheiro de assados
da Andrezza,

a quitandeira da cidade.

Ainda agora, o cheiro forte
do alecrim agreste
das vassouras dos fomos de barro, e o odor gostoso
das broas de fubá
biscoito de polvilho,
supitam-nos às narinas,
enchendo-nos a boca d'água.

Contaram-nos agora,
que o sobradínho
de dona Chiquita foi demolido,
mas o castelinho encantado
este não, ele existirá
para todo o sempre,
na alma das gerações
que o conheceram.
Tirá-lo das entranhas r
de nosso ser, quem há  de?
, ,.
Quantos poetas, músicos, artistas,
estão espalhados
por todo este mundo de. Deus,
graças à varinha de condão
de Dona Chiquita, .
que deu à criança perdoense
a oportunidade de viver
seu mundo mítico,
e a alegria de ser
verdadeiramente criança


Eunice de Sousa Lima Puhler - Nasceu em Perdões , Professora , Escritora Poetisa , Ensaísta.

Livro :
AS MIL E UMA RUAS , POR ONDE ANDOU . . . .
                                                    MINHA INFÂNCIA


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Fila da água - Água da Mina - Bairro Jardim Alegre (Perdões/MG)

Muitas vezes a gente acha que a água sai da torneira " Mas com a manutenção  na captação de água
de Perdões  em alguns lares faltou . Mas no Bairro Jardim Alegre   a salvação foi a Mina que nunca seca "Hoje de manhã  fila   da água 


Fila no bairro Jardim Alegre na abençoada  Mina Centenária  


quarta-feira, 26 de junho de 2019

Taxistas indignados


Poucos sabem que o sistema de taxi é, em várias cidades do mundo, extremamente regulado formando um mercado muito fechado, porém muito responsável com seus clientes, que já se acostumaram a encontrá-los em pontos estratégicos. 
Retirar os taxista de seus pontos para favorecer veículos particulares seria uma imensa falta de respeito, principalmente com os idosos e com a população rural que necessita frequentemente desse serviço e já estão acostumados aos atuais pontos e ficarão prejudicados caso os pontos atuais forem removidos. 
Os taxistas já enfrentam sérios problemas de segurança hoje. Retirá-los dos seus pontos estratégicos de trabalho só ocasionará mais problemas ainda. Fica a pergunta: quem se responsabilizará pelos problemas advindos dessas mudanças?

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Perdões 1° de Junho /2019 - 107 anos







Perdões Minas Gerais - MG Histórico Romão Fagundes do Amaral, segundo se sabe, foi um dos desbravadores das terras que atualmente constituem o município de Perdões. Em fins do século XVIII, instalou-se nas margens do rio Grande e fundou um garimpo, núcleo inicial da cidade de Perdões, atual sede do município. Sabe-se ainda que Rubens Airão foi outro desbravador que paralelamente às atividades de Romão Fagundes desenvolveu a agricultura e a pecuária. O povoado desencolveu-se assim sob a influência dêsses dois grandes proprietários, senhores de inúmeros escravos e posseiros de grandes áreas de terras. Diz-se que Romão Fagundes do Amaral, que era um fugitivo da justiça, para obter perdão de D.Maria I, ofereceu-lhe um cacho de bananas, todo em ouro maciço, vindo desse fato o tradicional nome de perdões que até hoje o município conserva. O distrito foi criado em 1855, pela Lei provincial nº 714, confirmada pela Lei estadual nº 2, de 1891. Posteriormente, em 1912, Perdões foi elevada à categoria de vila, sendo que pela Lei estadual nº 843, tomou foros de cidade. O município é termo judiciário da comarca de Lavras. Gentílico: perdoense Formação Administrativa Distrito criado com a denominação de Perdões, pela lei provincial nº 714, de 18-05-1855, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Lavras. Elevado à categoria de vila com a denominação de Perdões, pela lei estadual nº 556, de 30-08- 1911, desmembrado de Lavras. Sede na antiga povoação de Perdões. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-06-1912. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída do distrito sede. Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920. Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, a vila de Perdões adquiriu do município de Campo Belo o distrito de Cana Verde (ex-Senhor Bom Jesus da Cana Verde). Elevado á condição de cidade com a denominação Perdões, pela lei estadual nº 893, de 10-09- 1925. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Perdões e Cana Verde. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Perdões o distrito de Cana Verde. Elevado á categoria de município Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Volume XXVI ano 1959.




Quem és tu Perdões ?
Não da vontade de saber e nem te perdoar
Um amor malfeito e com concequência de ir embora
Para sua segurança, inventar histórias maravilhosas . . .
O fácil acesso  nunca nos levou !  nunca  ao progresso.
Mas sua bondade sempre perdoa  os processos
O verdadeiro perdoense sabe perdoar e pedir perdão ?
Não somos uma só imagem de uma praça e uma igreja igual os outros municípios
Mas honramos  nossas  raízes religiosas do brasil
Aqui tudo mudou, cresceu diante dos olhos de quem estava dormindo . . .
Alguns continuam dormindo . . .
Cresça para que  eu desapareça não
Cresça para melhor Perdões
Cidade dos Músicos
Cidade Cultural
Cidade da Amizade
Feliz Seja seu Aniversário  Perdões
Nós te amamos e o problema somos nós
107 anos

Texto : Autor Conhecido rsrs




  A história
O povoado de Minas Gerais tem seu início com os colonizadores portugueses que, levando armas, ferramentas, utensílios e bem providos de mantimentos, penetravam por matas fechadas, abrindo caminhos orientados pelas serras e rios que serviam-lhes de roteiros. À medida que os portugueses foram tomando conhecimento das riquezas existentes no território da atual Minas Gerais, numerosos aventureiros começaram a chegar à procura do ouro, promovendo o desbravamento da região, ocupando lugares distantes da costa brasileira, surgindo, assim, as primeiras povoações.  Em nossa localidade não se pode determinar exatamente o início da povoação. O primeiro documento histórico do município de Perdões, de que se tem conhecimento, data de 1770 e registra a existência do português Romão Fagundes do Amaral, como fato determinado. Uma carta de Sesmaria, concedida a ele, encontra-se no Arquivo Público Mineiro, livro cento e setenta e dois, página sessenta e nove e data de vinte e seis de novembro do ano de 1770. Nesse documento, pode-se constatar que Romão Fagundes era morador da Serra de Ibituruna, Termo da Villa de São José, Comarca do Rio das Mortes e através dele requeria que lhe concedessem terras na serra chamada de Senhor Bom Jesus, onde teve início o povoado de Perdões, justificando ter escravos e não ter em que ocupá-los. A ocupação, a que se referia Romão Fagundes, era a procura constante do ouro. A aprovação do pedido de concessão das terras foi firmada por Dom José Luiz de Menezes Abranches Castelo Branco e Noronha, Conde de Valladares, então Governador e Capitão General da Capitania de Minas Gerais. O processo de demarcação de sesmaria, requerido em 1772, encontra-se no Arquivo Regional de São João Del Rei Pró-Memória.   O povoado denominado Retiro dos Pimenta tem sua história diretamente ligada ao arraial do Senhor Bom Jesus dos Perdões, constando, em relatos, a presença de Romão Fagundes nessa localidade, trabalhando a extração do ouro. A tradição local refere-se ao cacho de bananas de ouro, confeccionado por Romão Fagundes e enviado à Corte Portuguesa que se achava, então, no Rio de Janeiro, como oferenda a El Rei D. João VI. Há relatos de que o cacho de bananas fora enviado a D. Maria I e que, talvez, por sonegação de impostos, ele tenha usado desse artifício para pedir clemência, tendo sido perdoado, dando origem ao nome Perdões.